Trava de baixa: como ganhar com a queda do mercado?

Você sabia que é possível ganhar com a movimentação de queda no mercado mesmo que você não tenha dinheiro disponível na sua conta corrente?

Bem… hoje vamos falar sobre as travas de baixa, uma maneira muito utilizada por investidores de opções para ganhar com as direções do mercado.

Se você quer aprender a fazer isso, não deixe de ler esse texto.

Vou te ensinar os principais pontos para aprender a pegar as movimentações de queda, montando uma trava de baixa e analisando o cenário ideal para executar a estratégia.

O que é trava de baixa?

A trava de baixa é uma estratégia para minimizar o efeito da queda da volatilidade, aproveitando a movimentação de queda do mercado. 

O grande ponto na estratégia é que o risco é limitado, então a trava de baixa é uma forma mais segura de operar com opções. Porém, com essa condição, o lucro também se torna limitado.

Além disso, também é uma operação mais barata do que as compras a seco, por exemplo.

Como executar?

Há duas formas de fazer a trava de baixa. A primeira é com operações de compra (call) e a segunda com operações vendidas (put).

A trava de baixa com call é também chamada de trava de crédito. Neste tipo, você não precisa ter capital na conta corrente, já que você recebe para montar a operação.

Isso só é possível utilizando seus outros investimentos como garantia, no que chamamos de margem de garantia.

Já na operação com put, chamamos de trava de débito. Aqui, você paga para entrar na conta, ou seja, precisa ter dinheiro disponível em caixa, e, por isso, não precisa ter margem de garantia.

Em qualquer um dos casos, precisamos de duas opções para executar a estratégia. A ideia é vender a opção com strike mais baixo, e comprar a opção com strike mais alto.

Se quiser entender melhor essa estratégia, veja a live a seguir em que mostro na prática como montar uma trava de baixa:

Agora, vamos passar por 3 etapas para construirmos uma estratégia bem sucedida:

Etapa 1 – Definir o cenário ideal para montar a trava de baixa

Antes de montar a estratégia, precisamos avaliar o que a gente tem no mercado que nos faz ter uma expectativa de queda.

O cenário ideal é quando a volatilidade implícita (IV) de um ativo estiver alta.

Além disso, a estratégia também pode depender de sua disponibilidade de capital. Se não tiver um montante disponível para outros investimentos, pode montar uma trava de crédito.

Neste sentido, uma dica legal que costumo dar para meus alunos é fazer a estrutura de capital protegido.

Vamos supor que você tem um título de renda fixa, que está rendendo 1% no mês e, com ele, você recebe R$100. 

Com uma estrutura de capital protegido, você pode casar esse prazo de recebimento com o risco da sua operação, ou seja, pode entrar em uma operação apostando na queda do mercado, onde o risco seja de R$100. 

Caso seja bem sucedido, você recebe um dinheiro extra, mas se der errado, a rentabilidade do seu título paga o risco da operação.

Dessa forma, você financia o risco da sua estratégia com uma estrutura que te utiliza o fluxo de caixa recorrente.

Etapa 2 – Escolher as opções para a trava

Particularmente, gosto de optar por uma opção com vencimento mais longo, ou seja, que falta mais tempo para acontecer o seu exercicio.

Além disso, vejo se o strike da opção vendida está no alvo almejado ou nas regiões de desvio, por exemplo, se eu acho que uma ação vai para R$25, então a ponta vendida precisa ter um strike de R$25,e a comprada de R$26.

Ao pegar a menor diferença possível entre os strikes, a operação acaba custando bem menos e fica mais fácil de gerenciar o risco.

Etapa 3 – Definir o momento certo para montar a estratégia

Aqui você pode trabalhar com vários tipos de gatilhos:

Eventos relevantes (notícias)

Você pode utilizar várias plataformas profissionais para adquirir informação sobre o mercado. 

As mais famosas e efetivas, porém mais caras, são a Bloomberg – que é a nave-mãe das plataformas de informações, notícias, e dados das empresas -, Broadcast e Valor Pro.

Regiões de desvios estatístico

Em sua normalidade, o mercado funciona próximo de uma distribuição normal padrão.

Desta forma, é possível traçar os níveis de preço em que o mercado tem uma menor probabilidade de ficar. 

Apesar de serem especulativas, trabalhar com a região de desvio estatístico pode aumentar bastante sua taxa de acerto e melhorar seu retorno na trava de baixa.

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