Caroline Francisco e os Jovens na Bolsa
Day trade, erros e perdas, digital, metodologia… A fundadora do canal Jovens na Bolsa fala sobre tudo o que aprendeu em sua jornada empreendedora e pessoal pelo mercado financeiro neste novo episódio do At the Money.
Veja o que motivou Caroline Francisco de Sousa a fundar o Jovens na Bolsa e quais os maiores desafios em seu propósito de transformar a vida dos brasileiros através da Educação Financeira.
Quem é Caroline Francisco?
Investidora desde 2017, Carol era musicista antes de mergulhar no mercado financeiro e focar 100% em seu canal no YouTube, o Jovens na Bolsa, que hoje figura entre um dos maiores produtores de conteúdo de investimentos da plataforma.
Fundado em 2019, o canal já atingiu mais de 230 mil inscritos e 6 milhões de visualizações.
Com mais de 1400 alunos espalhados pelo mundo, Carol começou com turmas pequenas, de no máximo 5 pessoas, e grupos gratuitos no whatsapp.
A educadora comenta que o projeto começou a dar certo e crescer rapidamente, a partir de todo o investimento de tempo que fez no mundo digital.
Hoje, o canal virou uma empresa e já possui cerca de 10 colaboradores.
Veja a seguir o episódio completo:
O jovem no mercado financeiro
Carol comenta que a maioria das pessoas que realmente a procuram sobre educação financeira não são mais tão jovens assim. A faixa etária está entre os 25 e 30 anos.
Antes disso, a pessoa normalmente não tem uma renda estável, portanto, o foco é construir a carreira, para tentar aumentar sua renda.
Mais próximo aos 30 anos, é comum que essa pessoa já tenha conseguido se estabilizar e só então que começa a querer investir, multiplicar o capital e etc.
Infelizmente, a educação financeira no Brasil ainda não é muito difundida entre pessoas físicas, esse é um “oceano azul” como descreve a fundadora do Jovens na Bolsa, ou seja, um mercado pouco explorado.
Day Trade
Assim como muitos iniciantes, Carol começou a investir utilizando a técnica conhecida por Day Trade, que consiste na tentativa de lucrar com as oscilações diárias do mercado.
Por conta da promessa de lucro rápido, o Day Trade acaba sendo a porta de entrada para muitas pessoas, é um gancho emocional de ganância. No entanto, na maioria das vezes, a pessoa perde dinheiro com esse tipo de estratégia sem ter o conhecimento mais avançado.
Por isso que o ideal é sempre estudar sobre investimentos antes de partir para a ação, ou procurar um profissional confiável que te auxilie.
“Hoje, vejo que foi bem errado”, confirma Carol, explicando que precisou voltar aos estudos para começar do zero, estudando investimentos mais básicos, como renda fixa e o mercado imobiliário. “Demorei 2 anos para entender o mercado financeiro e ver que não é só Day Trade como as pessoas vendiam”.
Maiores erros de quem está começando
Primeiro, tem muita gente mal intencionada nas redes sociais.
A maioria das pessoas vai começar e já perde dinheiro porque não foi atrás de alguém de confiança.
A internet, o meio digital, funciona como uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que dissemina conteúdo de qualidade e facilita na propagação deste, dando acesso a conhecimento, pessoas e materiais muito bons e que antes era difícil de ser encontrado, ela também também pode disseminar conteúdo falso e enganoso com tanta facilidade quanto.
Por isso, fica um alerta: procure alguém de confiança, que já tenha um histórico no mercado financeiro.
O segundo erro comentado pela fundadora do Jovens na Bolsa é não diversificar a carteira.
Grande parte dos investidores iniciantes não entende a importância da diversificação, ou não entende para que serve cada tipo de investimento, e acaba montando uma carteira só com ações e, no máximo, Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs).
Como Carol sempre diz: “Não existe investimento ruim, cada investimento foi criado para um determinado objetivo, um determinado perfil.”
Principais gatilhos para você traçar o objetivo
Em suas turmas, Carol aplica uma metodologia que garante dar certo: primeiro, a pessoa precisa traçar um objetivo; depois, verificar o capital que tem para investir e, por último, identificar o conhecimento e tempo disponível.
Esses são os três pilares para montar uma carteira que tenha mais chance de ser bem sucedida e condiga com as necessidades do cliente.
Para definir as porcentagens de cada investimento da carteira, Carol olha para o tipo de perfil da pessoa.
Perfis mais conservadores, por exemplo, costumam ter uma porcentagem maior de renda fixa.
Preferência por alguma ação ou setor?
No mercado de renda variável, Carol divide sua carteira em duas partes: small caps e ações para dividendos.
Na parte de small caps – ou seja, empresas com baixa capitalização listadas em Bolsa – investe através do fundo de ações Trigono Flagship.
Já em dividendos, suas maiores posições são: Banco do Brasil (BBAS3), BB Seguridade (BBSE3), Eletrobras (ELET6) e Taesa (TAEE11).
Sobre o At The Money
O At The Money é o podcast da Invius Research, apresentado pelos fundadores Leo Dutra e Jehniffer Santanna. Nele trazemos convidados de várias áreas diferentes, mas com ideias de alto valor para serem compartilhadas.
Se você quer acompanhar as edições futuras do podcast, clique aqui e inscreva-se agora. Todo domingo, às 19h em ponto, tem edição nova – e durante a semana, os cortes com os melhores momentos de cada edição.