Spread de Calendário para virada de vencimento: O que é e como fazer?
Você já sabe como ganhar dinheiro com opções em uma estratégia rápida e simples de executar? Conheça o Spread de Calendário para virada de vencimento.
Essa é uma das estratégias mais rentáveis do mercado, com risco limitado, possibilidade de ganhos exponenciais e grandes chances de dar certo.
O que é o Spread de Calendário para virada de vencimento?
Trata-se de uma estratégia direcional de duas pontas – ou seja, que precisa de duas opções para funcionar.
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Ambas as opções precisam ser do mesmo tipo, derivadas do mesmo ativo-objeto e com o mesmo valor de strike, porém em vencimentos diferentes.
A ideia desta estratégia é explorar a desvalorização dos derivativos na reta final do vencimento, e sua vulnerabilidade à volatilidade.
Por ser uma estratégia de débito – aquela em que é preciso pagar para montá-la – seu risco limita-se à perda do que foi investido.
Como funciona
A operação consiste na compra de uma opção com vencimento mais longo e na venda de uma opção com vencimento mais curto – as duas ATM (no dinheiro) e com o mesmo strike.
Dessa forma, o estrategista terá obrigação de vender o ativo-objeto por um preço pré-determinado se for exercido, mas terá o direito de comprá-lo pelo mesmo preço até o próximo vencimento.
A operação pode ser montada tanto com CALL quanto com PUT.
Porém, se há uma perspectiva de queda para o mercado, recomendo usar CALL, porque poderia fazer uma transição para compra à seco com um custo de aquisição bem menor – caso faça sentido para seu objetivo.
E atenção:
Se a volatilidade implícita da ponta comprada (longa) for menor do que a observada na ponta vendida (curta), o retorno-risco da estratégia aumentará, assim como a possibilidade de ganhos exponenciais.
Se você já conhece o mercado de opções, deve estar encontrando grandes semelhanças com a Trava Horizontal de Linha (THL), não é mesmo?
Isso acontece porque o Spread de Calendário é, de fato, uma variação dessa estratégia.
Diferença em relação a Trava Horizontal de Linha
Apesar de muitos profissionais no mercado enxergarem como um sinônimo, há uma pequena diferença entre elas: o tempo em que a estratégia é montada.
O Spread de Calendário para virada de vencimento é uma Trava Horizontal de Linha montada especificamente na reta final do vencimento, normalmente faltando 3 dias para o dia do exercício.
Dessa forma, montamos a estratégia com esses 3 dias de antecedência, e a fechamos um dia antes do vencimento.
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AGENDAR SESSÃOA depender da condição do mercado – se não houver nenhum risco de sermos exercidos na ponta curta – podemos, inclusive, esperar o próprio dia do vencimento para sair da operação. No entanto, para isso é extremamente importante estar atento aos horários de funcionamento da bolsa neste dia.
Portanto, o Spread de Calendário é bem rápido e – se tudo ocorrer bem – dura cerca de 3 dias.
Além disso, ele é um pouco mais agressivo do que a THL, por envolver um risco um pouco maior.
Riscos e ganhos
O ganho máximo da estratégia está atrelado à lateralização do mercado, junto da desvalorização da opção da ponta curta, e da valorização da opção da ponta longa.
Portanto, quanto maior o theta da opção vendida, melhor.
Vamos a um exemplo do que aconteceria em diferentes cenários do mercado:
Suponha que pagamos R$1,72 para comprar uma CALL na ponta longa e recebemos R$1,09 por vender a outra CALL na ponta curta.
Nesta operação, o custo para montá-la seria de R$0,63 por opção – em um lote padrão, R$63.
Se o mercado ficar parado
Na reta final de vencimento, essa CALL com vencimento mais curto (na qual estaremos vendidos), tende a desvalorizar mais rápido, já que terá um Theta maior.
À medida em que essa opção vai se desvalorizando, se o mercado estiver lateralizado, ela viraria pó, indo para R$0.
Assim, como não seremos exercidos, poderíamos vender a CALL da ponta longa pelo mesmo preço pago (recebendo R$1,72).
Dessa forma, a estratégia garantiria um retorno de R$1,09, sobre um investimento inicial de R$0,63 – ou seja, um ganho de aproximadamente 73%.
Mas esse cenário pode ficar ainda melhor.
Se a volatilidade implícita aumentar, essa opção pode subir de preço, então o ganho poderia ser maior se conseguíssemos vender a CALL por um valor maior que R$1,72.
No entanto, pode ser que ela desvalorize, e se isso acontecer, teríamos um retorno um pouco menor, vendendo-a por R$1 na saída da posição, por exemplo – o que seria um ganho significativo, mas que poderia ser melhor.
Se o mercado cair
Se o mercado vier com uma movimentação de baixa, a opção que está próxima ao vencimento vai virar pó, mas a CALL da ponta longa também sofre uma desvalorização e uma queda expressiva do preço da opção aconteceria.
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No entanto, o risco máximo da estratégia é perder o que foi investido, no exemplo, R$0,63.
Isso porque, se passar do dia do primeiro vencimento, a ponta longa vai continuar existindo até o próximo vencimento que, no Brasil, só aconteceria dali a um mês.
Assim, o mercado teria tempo o suficiente para uma eventual volta, e começar novamente uma movimentação de alta, e então poderíamos voltar para o cenário anterior, em que existe a possibilidade de ganhos exponenciais se o preço da CALL subir.
Se o mercado subir
O maior problema dessa estratégia acontece se o mercado vier acima do valor de strike.
Nesse cenário, vai acontecer o exercício da CALL que vendemos, então seremos obrigados a vender o ativo-objeto que não temos na carteira. Nesse caso, a corretora exigirá que façamos um aluguel de ação.
Porém, no mês seguinte teremos o direito de comprar a ação pelo mesmo preço que vendemos, através da CALL que compramos na montagem da operação.
Com essa proteção, o valor perdido também será somente o investimento inicial de R$0,63, ou R$63 em um lote padrão.
Ficou claro?
No caso da PUT, os desdobramentos da operação são muito parecidos com os vistos acima, mas funcionaria de forma invertida: o exercício da operação aconteceria em uma movimentação de baixa.
Essa é uma das estratégias que mais utilizo por aqui. No Sistema Diamante, metodologia que desenvolvi buscando gerar renda recorrente com controle de riscos, costumamos montá-la todos os meses.
Só em 2022 tivemos 90% de taxa de acerto.
Se quiser entender como ter esse tipo de acerto em suas operações, conheça nossa metodologia.