Como montar Travas com alta taxa de acerto
“Leo, e se fizéssemos uma trava de alta com a ponta comprada DITM e a ponta vendida ITM, para fazer uma operação de taxa?”
Essa foi uma pergunta deixada pelo Dudu lá no nosso canal do YouTube, para saber se essa operação vale a pena.
Vamos fazer uma simulação dessa operação de trava?
Trava com BBAS3
Montei no OpLab o que seria essa operação sugerida pelo Dudu com o ativo BBAS3, cotado a R$ 50,05 .
Fiz uma compra de CALL com strike a R$ 47,19 e uma venda de CALL a R$ 48,19.
Essa trava está em uma região de lucro, com algumas vantagens:
- O nosso theta da operação é positivo, ou seja, a nossa operação é valorizada com a passagem do tempo;
- O ponto de equilíbrio da operação é nos R$ 47,97.
Isso quer dizer que acima desse valor de strike, o meu risco diminui e o meu ganho aumenta.
Porém, existe uma desvantagem nessa operação: uma eventual movimentação de queda do mercado.
Nesse caso, podemos montar a planilha das regiões de desvio do ativo para entender qual é o real risco de o mercado ter uma movimentação de queda abaixo do ponto de equilíbrio.
Essa planilha nos mostra que na maior parte o tempo, o ativo fica na região dos R$ 52,02, sendo que a probabilidade de ele ficar entre R$ 47,90 e R$ 56,14 é 68%.
Se calcularmos o retorno/risco real dessa operação, temos:
R$ 22 x 0,15/R$ 78 x 0,85 = 1,59
Conclusões
Um bom retorno/risco se encontra na faixa do 100:1.
Isso significa que essa operação não tem o melhor retorno/risco, porém ajuda a ir diminuindo o preço médio da nossa ação.
Essa diminuição, a médio e longo prazo, ajuda a amentar o nosso retorno/risco real.