Broadcom: a empresa que está pagando 17% em divididendos

Embora não seja tão conhecida por muitos, a Broadcom é uma das maiores e mais influentes empresas de semicondutores e infraestruturas de software no mundo.

Com um portfólio diversificado, a empresa possui um lucro líquido estável e oferece várias soluções de software empresarial, atuando em mercados como data centers, infraestrutura de redes e armazenamento de dados.

Além disso, o crescimento dos seus dividendos também é notável: quem investiu na companhia no passado, está colhendo uma boa renda passiva.

Análise da empresa

Desde meados de 2016, a empresa tem pago dividendos consistentes, com um dividend yield de 2,9% ao ano.

Apesar de muitos acharem esse percentual baixo, é importante lembrar que dólar cresce, em média, 8,3% ao ano.

Isso acrescenta um ganho adicional com a valorização da moeda, especialmente em tempos de inflação.

Naquela época, o dólar estava na faixa de R$ 3,25, e a ação da Broadcom era negociada a US$ 19,95.

Um investidor que aplicou R$ 100.000 adquiriu cerca de 1.542 ações da empresa.

Mesmo após um split das ações, a Broadcom continua a recompensar seus investidores.

Nos últimos 12 meses, por exemplo, foram pagos US$ 2,12 por ação, o que corresponde a um retorno de mais de 17% sobre o capital investido.

Além disso, a valorização da ação foi impressionante, saindo de US$ 19 no final de 2016 para US$ 171, gerando uma valorização superior a 800%.

Embora o crescimento do lucro líquido da empresa não seja extremamente expressivo, a Broadcom apresenta margens elevadas, alto retorno sobre o capital investido e um fluxo de caixa livre crescente, o que é um excelente indicador para os acionistas.

Por mais de uma década os dividendos da empresa cresceram ano após ano.

Dessa forma, a Broadcom consolidou-se como uma das empresas que integram o grupo de “dividend growth stocks” nos EUA.

Quem são as empresas de dividendos crescentes?

Essas são empresas que aumentam seus dividendos de forma consistente e fazem parte de índices como o Dividend Aristocrats.

Este índice é composto por empresas do S&P500 que estão há mais de 25 anos consecutivos aumentando seus dividendos.

Um exemplo é a Johnson & Johnson, que aumentou seus dividendos por 53 anos seguidos.

Estudos que analisam o desempenho das ações desde 1972 até 2017 mostram que as empresas que mais valorizam são aquelas com crescimento constante de dividendos, oferecendo maior retorno com menor volatilidade.

A Broadcom continua interessante como opção de investimento.

Mas, vale lembrar que o setor de semicondutores está muito aquecido, o que pode deixar as ações esticadas.

Empresas como a TSM também estão valorizadas.

Isso nos leva a seguir uma estratégia de investir em empresas boas que estejam negociando abaixo do valor justo, agregando maior retorno à carteira.

Se você está construindo uma carteira de renda, o primeiro ponto é garantir que a empresa seja sólida, apresente baixo risco e ofereça crescimento nos dividendos.

O importante é que os dividendos cresçam mais rápido que a inflação, como acontece com a Broadcom, cujos dividendos cresceram entre 10,8% e 22,6% nos últimos anos, superando a inflação americana.

Ao montar uma carteira de renda passiva, é interessante também utilizar estratégias como o mercado de opções para aumentar a renda e reduzir o custo médio das aquisições.

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Perspectivas para os próximos meses

No entanto, é importante lembrar que o setor de semicondutores é cíclico e pode ser afetado por uma desaceleração na demanda global.

Além disso, as tensões comerciais entre os EUA e a China podem impactar a cadeia de suprimentos e as operações internacionais da empresa.

Apesar desses desafios, a Broadcom está bem posicionada para aproveitar as tendências emergentes, como 5G, IoT, inteligência artificial e transformação digital.

O aumento da demanda por data centers e a expansão das redes de comunicação devem continuar impulsionando o crescimento da empresa, que, graças à sua diversificação em hardware e software, mantém receitas recorrentes e menos dependentes dos ciclos de semicondutores.

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