Como (e quando) comprar uma opção sem ter a ação?

Como (e quando) comprar uma opção sem ter a ação? Foto: Envato

Pergunta rápida: você sabia que é possível comprar uma opção sem necessariamente possuir ações? 

Guia Do Iniciante em Opções

Como sair do zero e dar seus primeiros passos no mercado de opções

Antes de qualquer coisa, é necessário que você entenda que cada caso é um caso, e isso está longe de ser uma regra… Ainda assim, há algumas situações em que não é preciso ter a ação na carteira para adquirir um contrato de opção desta mesma ação. 

Neste artigo, iremos falar sobre uma das características fundamentais do mercado de opções. Ficou confuso? Continue a leitura que você vai entender melhor! Vamos lá?

O que é e como funciona o mercado de opções?

Funcionando com formato parecido ao de um ativo ou outros investimentos de renda variável, as opções são negociadas na bolsa de valores (B3). A distinção principal é que elas não são ativos, mas contratos que viabilizam ao investidor a possibilidade de negociar um ativo-objeto (normalmente as ações) em uma data futura por um preço pré-definido.

No que se refere ao funcionamento do mercado de opções, os players do setor podem assumir duas posições. Uma é a de comprador (ou titular), no qual a pessoa traz para si o direito de comprar ou vender o ativo-objeto. 

E a outra é quem assume a posição de vendedor (ou lançador) e traz para si a obrigação de comprar ou vender o ativo-objeto caso o titular da opção opte por exercer seu direito. 

Dessa forma, existem diversas maneiras de operar com opções no mercado e um número ainda maior de estratégias que podem te fazer ganhar dinheiro.

É preciso ter ações para operar em opções?

Essa é uma pergunta que surge com frequência e a resposta é: depende. Esse direcionamento vai depender da estratégia que você pretende aplicar, considerando as suas necessidades. 

Muitas vezes, é possível ganhar muito dinheiro mesmo sem ter a ação na carteira. Mas como assim?

Operação com PUT

Imagine que você comprou uma opção PUT PETRM20 que te dá o direito de venda das ações da Petrobras (PETR4) a R$20 com vencimento no mês de janeiro. Porém, nesse meio tempo, a PETR4 caiu para R$5.

Nessa situação, você tem a PETRM20 com seus direitos de venda da Petrobras, mas não tem PETR4 na sua carteira para vender. 

Neste contexto, você tem duas possibilidades: 

Vender a opção

A primeira é vender sua opção ao mercado – ela provavelmente estará valendo muito mais, já que você tem o direito de vender a Petrobras no valor de R$20 e ela está a R$5. Na teoria, seria muito bom, porém na prática é um pouco mais difícil do que isso. 

Sua opção pode ter perdido liquidez – ou seja, não ter comprador e vendedor querendo negociá-la -, o que inviabiliza a sua comercialização. 

Nesse caso, não é necessário entrar em pânico porque aí entra sua segunda alternativa:

Comprar a ação

Comprar as ações no mercado tradicional a R$5 cada e vende-las a R$20 na data do exercício de sua opção. 

As PUTs no Brasil são todas do estilo europeias, portanto, a alternativa de exercer o direito antecipadamente não se aplica – ou seja, somente no dia de vencimento isso poderá acontecer.

Apesar disso, no exemplo acima, você terá um lucro de R$15 por ação. Supondo que você tenha comprado um lote padrão de 100 opções a R$0,15 cada, você terá um lucro total de R$1.350.

Agora, se você não tiver dinheiro para comprar a ação, poderá esperar o vencimento para que sua opção vire pó. Neste caso, você não terá nenhum prejuízo extra além do que usou para comprar as opções (no exemplo acima, R$150). 

Mas é preciso ficar atento, o exercício das opções é feito de forma automática pela B3 caso você não indique sua intenção no horário correto. Caso aconteça e você opte por não fazer a compra das ações no dia do vencimento, você ficará vendido nas ações e a corretora irá cobrar uma taxa de aluguel até que sua posição seja normalizada.

Se quiser saber mais sobre a venda de PUT, no vídeo a seguir, mostro na prática como podemos executar essa que é uma das estratégias mais rentáveis do mercado de opções.

Operação com CALL

O mesmo processo acontece em uma opção de compra. 

Suponha que você comprou a CALL PETRA20, que te dá o direito de comprar a Petrobras a R$20 reais no mês de janeiro. Se o mercado subir e for para R$30, você pode vender essa opção que estará mais valorizada. 

Porém, caso não consiga concretizar a venda pela falta de liquidez do mercado, poderá pedir o exercício da sua opção – desde que a CALL seja do tipo americana, ou seja, que permita o exercício antecipado -, comprar ação por R$20 e vendê-la a R$30. 

Agora, caso você não tenha o dinheiro disponível para comprar a ação a R$20, não tem problema. Após o exercício automático no dia do vencimento, basta vender as ações no after market, ou solicitar o contra-exercício.

Leia também: CALL E PUT: Entenda A Diferença Entre Os Tipos De Opções

Quais as vantagens do mercado de opções?

Quando falamos em benefícios e desafios dentro do mercado de opções, é provável que a dúvida entre avançar ou recuar no mercado de opções possa aparecer. 

Antes de mais nada esse questionamento é normal. De qualquer forma, a resposta a essa pergunta vai depender muito das suas metas no mercado financeiro e como você pretende fazer suas aplicações neste setor. 

Em meio a este questionamento, é essencial abordar os diferenciais deste modelo de aporte financeiro, mesmo porque as vantagens pesam na decisão.

No que se refere às tendências de investimento, trata-se de um modelo flexível que permite realizar aportes em cenários diferenciados, considerando momentos de alto e baixo fluxo em termos de valorização. 

Além disso, os custos de transações são menores e, com as alternativas de investimento, é possível diversificar as estratégias fugindo do modelo tradicional. 

É um modelo que possibilita fazer uma previsibilidade de cenários considerando zona de prejuízo, custo e retorno máximo, zona de lucro, entre outras variáveis. 

Como aderir a operações estratégicas no mercado de opções?

A implementação de operações para o alcance de uma alta performance no mercado de opções depende da disponibilidade de uma quantia em dinheiro, ou de uma margem de crédito para a operação. 

Recomendado para você

Tem um capital investido de mais de R$500 mil ou uma capacidade de aporte mensal de R$10 mil?

Agende uma sessão individual de consultoria comigo e entenda se o seu portfólio de investimentos está operando no seu maior potencial.

AGENDAR SESSÃO

Dessa forma, é importante entendermos as operações de crédito e débito, o que são as margens de garantia e quais são as operações que necessitará de ações na carteira, bem como quais não exigem do investidor ser acionista no mercado financeiro. 

Em algumas operações, o comprador não precisa ter dinheiro em conta para montar a estratégia, essas são as chamadas operações de crédito. No entanto, o investidor terá que disponibilizar uma margem de garantia em títulos de renda fixa OU em ações para que a corretora possa garantir que a obrigação será comprida caso necessário. 

Se não houver essa margem, haverá um aviso de “Margem Insuficiente” e você não conseguirá efetivar a operação.

Por outro lado, existem estratégias que só podem ser montadas a partir de um investimento inicial, o que chamamos de operações de débito – normalmente, são as estratégias de compras de opções (seja de CALL ou PUT).

De qualquer forma, em ambos os casos não é necessário ter a ação antes de negociar a opção derivada. Veja só:

Estratégias de opções

Estratégias como o lançamento sintético – em que você simplesmente faz a venda de uma opção PUT, recebe os prêmios por isso e fica com a obrigação de comprar o ativo-objeto caso o mercado sofra uma queda acentuada – logicamente, o investidor ainda não tem a ação na carteira.

Além disso, outras estratégias não demandam ações, como a Trava de Alta, Trava de Baixa e o Spread de Calendário

No entanto, também existem estratégias que exigem a ação em carteira, o lançamento coberto, por exemplo, em que o investidor compra a ação e promove a venda de CALL, é uma delas. Neste caso, o investidor recebe a taxa dessa opção por adquirir a obrigação de vender o ativo-objeto se o mercado subir. 

Além dela, outra estratégia que demanda ações é o Box de Três Pontas, que consiste em uma operação de renda fixa misturando o mercado de opções e de ações. 

No Sistema Diamante, trabalhamos com diversas estratégias de opções que tanto exigem ações na carteira quanto não. Elas são divididas em diferentes setores para que os retornos sejam maximizados e os riscos controlados. Afinal, em qualquer tipo de investimento que você fizer, o mais importante é ter um bom balanceamento e diversificação em seu portfólio.

QUERO CONHECER O SISTEMA DIAMANTE

Esperamos que estes passos tenham te ajudado a entender como e quando comprar uma opção sem ter ações. Confira outros artigos em nosso site e fique por dentro de mais conteúdos que poderão te ajudar a organizar seus investimentos!

Aulas sobre o Mercado de Opções

Você pode se interessar

O que é Custo de Oportunidade?

Quando um investidor analisa diferentes opções de investimento, o custo de oportunidade representa potenciais benefícios que…

O Papel dos Market Makers no Mercado Financeiro

Market makers são indivíduos ou corretores que operam nas bordas de uma bolsa de valores, comprando…

Diversificação: Estratégia Essencial para o Investimento Inteligente

A diversificação é uma das principais estratégias de investimento, utilizada para reduzir os riscos ao alocar…