Como investir em ações: torne-se sócio das maiores empresas do mundo
Mesmo aqueles que não acompanham de forma mais próxima os movimentos da Bolsa de Valores sabe da volatilidade deste mercado. Quem nunca se maravilhou diante de ganhos em tão pouco tempo ou, ao contrário, se apavorou com perdas consolidadas em poucos minutos? Investir em ações pode trazer ótimos lucros ou perdas irreparáveis, e é justamente aí que atrai tantos investidores no mundo todo.
Mas como investir em ações e se tornar sócio das maiores empresas do mundo? O que você precisa fazer – e como – para operar neste mercado e turbinar seus investimentos também? O que você precisa obrigatoriamente saber antes de comprar o primeiro lote de ações de sua vida?
O que são ações?
A ação é a menor fração do capital social de uma empresa ou sociedade anônima, ou seja, é um valor mobiliário previsto no inciso I, do artigo 2º da Lei 6385/76. Quando compra na Bolsa de Valores ações de uma companhia que tem capital aberto, você passa a ser acionista daquela empresa. E isso significa que você comprou um pedacinho daquela organização, na proporção das ações que adquiriu.
Existem dois tipos de ações, as ações ordinárias (ON) e as preferenciais (PN). As ordinárias dão direito a voto nas assembleias da companhia, e isto significa que você pode votar e influir nos destinos dela. Já as ações preferenciais dão ao acionista prioridade no recebimento de dividendos.
O que saber antes de investir?
Comprar um lote de ações de uma empresa pode ser muito interessante do ponto de vista financeiro. Afinal de contas, você passa a ser acionista daquela companhia, ou seja, você compra um pedacinho dela equivalente ao valor gasto.
Mas este mercado apresenta alta volatilidade, e isso significa que de um momento para outro – no tempo suficiente para você ler esta frase – o preço de uma ação pode despencar. O investidor pode apostar alto nas ações de uma companhia e no tempo que foi até a cozinha beber um copo de água pode perder boa parte de seu investimento.
Simplesmente, não há garantias ao investir em ações, como há, por exemplo, em ativos de renda fixa. Entretanto, após aquele gole de água gelada seu investimento também pode ter crescido, apurando ganhos que outros ativos jamais poderiam lhe proporcionam em tão pouco tempo. Quem não quer ganhar, e bem?
Em resumo, como não há garantia alguma de rentabilidade, investir em ações é considerado um investimento de risco. E quem não suporta o vai e vem dos preços dos papéis, feito carrinho de montanha-russa, deve se manter afastado da Bolsa de Valores. Ou aprende a lidar com ela.
Quem pode investir em ações?
Qualquer um de nós, inclusive crianças e adolescentes, pode investir na Bolsa de Valores. Surpreso? Pois é, o mercado de ações é dos mais democráticos, aberto a todos que desejam aplicar em papéis de companhias e se tornar sócio das maiores empresas do mundo, como o título deste conteúdo apregoa.
Mas como assim, crianças e adolescentes também? Sim! Mas é preciso destacar que menores de 18 anos precisam da autorização expressa dos pais para abrir uma conta em uma corretora de valores e, efetivamente, operar na Bolsa de Valores. Outro detalhe muito relevante é que esses pequenos investidores (em idade, não em volume de dinheiro) podem comprar ações à vontade, mas estão terminantemente proibidos de operar no mercado futuro, onde apostam na moeda americana, na sola, no café, no barril de petróleo e, de fato, podem perder tudo o que têm e o que não têm também.
Apenas como curiosidade, saiba que no final de 2021, tinham menos de 18 anos apenas 0,7% dos então 3,9 milhões de pessoas físicas cadastradas na B3, a nossa Bolsa de Valores. A faixa de idade mais preponderante, naquele período, era a de 26 a 35 anos (praticamente 30%).
Quais as vantagens de investir em ações?
Esta é a parte boa de investir em ações! São as seguintes as vantagens de comprar papéis de empresas:
- É considerada uma excelente opção de rentabilidade a longo prazo, para aqueles que estão preocupados em construir um patrimônio financeiro pessoal e não ganhar em curto prazo.
- É um mercado de alta liquidez, ou seja, o investidor tem flexibilidade para entrar e sair do mercado a hora que quiser ou precisar.
- É possível apurar uma renda passiva, ao optar por ações preferenciais (PN) e receber dividendos anuais ou mesmo semestrais.
- Possibilidade de ganhos em muito pouco tempo, até mesmo de um dia para o outro.
- É possível começar investindo pouco dinheiro, ao optar por ações com valor baixo.
- Facilidade de negociar, por meio de um home broker de uma corretora de confiança.
Qual o valor mínimo para começar?
Será que existe um valor mínimo obrigatório para quem quer investir em ações na Bolsa de Valores? Que valor é este?
Na verdade, não há um valor mínimo determinado. No entanto, no mercado à vista, onde se compra e vende ações no preço estabelecido no pregão, o investidor precisa comprar ao menos um lote de pelo menos 100 ações. Se a ação desejada está custando, por exemplo, dez reais, o valor mínimo para aplicar será mil reais.
Você também poderá comprar no mercado fracionário, onde se pode comprar de uma até um lote de 99 ações de uma empresa. Mas como o padrão é a partir de cem papéis por lote, o mercado fracionário apresenta diferença de preço (para cima) e é mais difícil vender os papéis depois.
Como começar a investir em ações?
Se você deseja multiplicar o seu investimento em pouco tempo ou, ao menos, garantir uma rentabilidade acima da média, saiba que investir em ações pode ser o melhor caminho a tomar. E comprar papéis de companhias como Petrobras, Banco do Brasil, Vale e tantas outras é muito mais fácil do que se pode imaginar.
Antes de tudo, você precisa abrir uma conta em uma corretora de valores de sua confiança e depositar o montante que quer aplicar. É por meio desta corretora que você vai negociar na Bolsa de Valores, não há outro caminho.
Feito isso, é muito importante definir que tipo de investidor você é: conservador, moderado ou agressivo. É a partir desta constatação que você se planejará financeiramente e definirá onde e quanto dos seus recursos irá investir. A regra número um do investidor é saber diversificar os investimentos, e é aqui que você vai definir o quanto vai investir em ações – mais se for agressivo, menos se for moderado e muito menos – ou quase nada – se for conservador.
O passo derradeiro é a escolha de onde investir o seu dinheiro. É preciso estar muito bem informado e assessorado para fazer boas escolhas e quanto mais experiente e frio você for, melhor identificará não só quais papéis deve investir, mas também a hora de comprá-los ou vendê-los.
Vale lembrar que a compra e a venda de ações são feitas por meio do home broker da sua corretora de valores, ou seja, a plataforma digital onde você irá operar. Ela precisa ser amigável e oferecer todo tipo de informação para você alcançar os melhores resultados ao investir em ações.
Quais são as taxas para investir em ações?
Existem algumas taxas que devem ser pagas para investir em ações.
1) Taxa de corretagem: é paga para a corretora, de acordo com a transação realizada. Muitas corretoras brasileiras aboliram esta taxa, o que é uma grande vantagem para o investidor. Pergunte se a sua corretora fez o mesmo.
2) Taxa de custódia: as corretas a cobram nas operações feitas no home broker da instituição ou pela sua mesa de operações. Muitas corretoras também oferecem taxa zero para ações.
3) Imposto de renda: dependendo de algumas variáveis, será preciso prestar contas ao leão e pagar imposto de renda sobre o lucro alcançado. Se as vendas mensais de ações ultrapassarem R$ 20 mil, sobre o lucro líquido será cobrado 15% de IR.
4) Emolumentos: são taxas específicas cobradas pela B3 na negociação de ações, BDRs, ETFs e fundos de investimento em ações. Há taxa de negociação e de liquidação. Na negociação, o custo é de 0,003219% cobrado sobre o valor financeiro da operação e de cada investidor. Já a taxa de liquidação é de 0,0275% para pessoas físicas e de 0,02% para fundos de investimentos.
Qual a melhor corretora para investir em ações?
De acordo com o Prêmio Ibest de 2021, é a seguinte a lista das 10 melhores corretoras digitais escolhidas pelo público:
- 1º lugar: Inter
- 2º lugar: Rico
- 3º lugar: XP Investimentos
- 4º lugar: Easynvest
- 5º lugar: Modalmais
- 6º lugar: BTG Pactual Digital
- 7º lugar: Ágora Investimentos
- 8º lugar: Clear Corretora
- 9º lugar: Toro Investimentos
- 10º lugar: Órama Investimentos
Vale pontuar que a corretora deve ser de confiança do investidor, oferecer assessoria especializada e individualizada e contar com um bom home broker, facilitando a atuação do investidor.
É melhor investir em ações ou fundos imobiliários?
O fundo imobiliário tem a obrigação de pagar 95% do lucro em cada semestre, mas, na prática, o fazem mensalmente. Já as ações podem pagar dividendos de três em três meses, a cada semestre ou mesmo anualmente, e limitados a 25%, 50% ou mesmo 100% do lucro, depende da companhia. Os fundos apresentam um risco menor do que as ações, mas a escolha depende muito do perfil e dos interesses do investidor, mas, como já dissemos, o melhor de tudo é investir em diferentes ativos, jamais colocar os ovos em uma cesta apenas.
Como investir em ações da Petrobras?
As ações da Petrobras são muito acessíveis e atraem uma gama enorme de investidores por conta da posição da empresa no mercado petrolífero. Você podem adquirir um pedacinho da empresa em lotes de cem papéis ou, ainda, mesmo uma única ação por meio do mercado fracionado. A compra é feita por meio de uma corretora.
Como investir em ações com menos de 100 reais?
Como já explicamos, não há um valor mínimo obrigatório na hora de investir em ações. Mas o lote precisa ter ao menos cem papéis da empresa escolhida. No entanto, é possível optar pelo mercado fracionário e comprar até mesmo um único papel. Mas o preço será maior e a venda, mais difícil. Ou seja, é possível, sim, investir com menos de cem reais.