Panela velha é quem faz comida boa?
Sexta da semana passada estava na aula de crossfit e lesionei minha coluna tentando pegar peso ao lado dos jovens de 18 anos.
Sei que de tamanho eu engano a minha idade fácil, mas de anos de vida eu prefiro não ‘’dar a carteirada’’…
Guia Do Iniciante em Opções
Bom, a zueira começou quando eu cheguei no escritório e a minha sócia fez questão de contar para a equipe sobre a lesão dos não tão jovens…
E daí para frente você já imagina né?
A galera que já estava eufórica por estar ‘’sextando’’, notou que nada extremamente grave tinha acontecido comigo, começou a enxurrada de piadas.
É claro que a primeira fala foi sobre a idade.
E o desdobramento disso foi a clássica piada – dentro de um escritório voltado para Opções – sobre o lado positivo disso tudo: a valorização no longo prazo…
E olha que engraçado: é assim que acontece com um ativo.
Mas é lógico que eu não iria deixar de trazer esse papo para você.
Afinal, diversas pessoas me abordam sobre comprar ou vender uma opção longa ou curta.
Bom, se panela velha é quem faz comida boa, e cá entre nós: nada como uma fiel panela de pressão antiga ou uma panela de barro do tempo dos nossos avós para uma peixada…
Nos ativos não temos tanta diferença.
Você deve estar se perguntando ‘’Que papo doido é esse Leo?’’
E pior que faz sentido.
Vem comigo para entender melhor:
É importante começar dizendo que as opções mais longas ou mais curtas são usadas pelos investidores para obterem resultados diferentes.
Você concorda comigo que, em geral, a probabilidade das opções mais longas ficarem dentro do dinheiro (ITM) é maior?
Isso porque elas podem variar mais por conta do tempo maior que falta para o vencimento.
Sendo assim, se você calcular o preço das Opções longas no modelo Black-Scholes, vai ver que elas mantêm um certo valor extrínseco muito interessante.
Concluímos então que as opções longas sofrem menos (ou se desvalorizam mais devagar) com a passagem do tempo.
Sendo ele basicamente gradual.
O tempo anda praticamente em linha reta nas opções longas e ele tende a acelerar a cada vez que se aproxima dos últimos meses do vencimento desse ativo.
Sendo assim, a partir de uns 3 meses ele vai acelerar, em 2 meses vai acelerar um pouco mais e no último mês ficará extremamente rápida a relação da perda da opção em razão do tempo.
É por isso que opções longas tendem a ser mais vantajosas e bem mais conservadoras.
Se você estiver comprado em uma opção longa, você não vai sofrer tanto com a sua deterioração – sem contar com a grande chance desse ativo entrar no dinheiro.
Mas é claro que, dentro de uma realidade variável, estamos vulneráveis a qualquer movimentação de mercado.
Nesse caso, se acontecer algum evento que provoque um pico de volatilidade no ativo, as opções mais curtas podem proporcionar ganhos mais explosivos.
Apesar de toda introdução e brincadeira no início, fiz essa mensagem para que você se atente a uma ótima oportunidade.
Aqui no Brasil, os pequenos investidores ainda não têm tanto conhecimento sobre o potencial desse tipo de investimento, e acabam perdendo oportunidades de ganhos incríveis.
Claro, embora a liquidez das opções mais longas no nosso mercado ainda deixe a desejar.
Por isso, não se esqueça: panela velha (opções longas) é quem faz comida boa (apresenta bons resultados).
Ah e antes de encerrar, me responda uma coisa: Você costuma operar com opções curtas ou longas?
Estou curioso com a sua resposta, notei que não temos muitas informações sobre isso na internet…
Fico no seu aguardo,
Leo Dutra.